O presidente da Câmara Municipal de Viana do Castelo, José Maria Costa, participou hoje, em Santiago de Compostela, numa jornada que reuniu 60 autarcas e técnicos das cidades do Eixo Atlântico. Em comunicado, a autarquia adiantou que a jornada de trabalho foi marcada pela apresentação do guia para a captação de investimento no Eixo Atlântico, Na sessão, o concelho de Viana do Castelo foi apresentado como caso de uma boa prática de captação de investimento.
José Maria Costa apresentou os investimentos, as empresas e a política municipal de captação de investimento, classificada como um caso de estudo para os técnicos e autarcas do Eixo Atlântico, reunidos em Santiago de Compostela para a apresentação do guia de captação na área do Eixo Atlântico. Na sessão, foi ainda reclamada uma política coordenada para o desenvolvimento económico e social da euro-região.
Na apresentação, foi lembrado que as autarquias da Galiza não podem fazer captação de investimentos, como aconteceu em Viana do Castelo e outras cidades portuguesas, que captou nos últimos quatro anos mais de 1.500 milhões de investimento e criou mais de três mil postos de trabalho. Por isso, José Maria Costa recordou que as autarquias portuguesas têm um papel fundamental na fixação de empresas com um conjunto de incentivos, com a baixa de impostos e com a coordenação de políticas nacionais.
Na apresentação do guia, o presidente do Eixo Atlântico, o autarca de O Barco de Vadeorras, enfatizou a diferença abismal entre as autarquias galegas e portuguesas na hora de captar investimento.
Recorde-se que o Município vianense tem em vigor um Regime de Incentivos para 2019 que prevê reduções e isenções de taxas para investidores de empreendimentos turísticos e acolhimento empresarial, atividades económicas relacionadas com as fileiras da agricultura e floresta de base regional e do mar, regeneração urbana, entre outros, com especial enfoque no Setor Tecnológico, Serviços Partilhados e Indústrias/Atividades Criativas.
De lembrar que o Regime de Incentivos aplica-se para empreendimentos turísticos e acolhimento empresarial com a isenção total de taxas de licenciamento em todas as operações urbanísticas; atividades económicas relacionadas com as fileiras da agricultura, floresta e produtos de base regional; regeneração urbana com a redução em 50% das taxas de urbanização e edificação e a isenção total das taxas de ocupação de domínio público; modernização de Espaços Comerciais e Espaços de Restauração e Bebidas e pagamento em prestações das Taxas de Ocupação dos Lotes do Parque Empresarial da Praia Norte.
Com isto, Viana do Castelo irá entrar no ‘top ten’ das exportações nacionais até 2020, ano em que o concelho deverá exportar mais de 1.000 milhões de euros, correspondendo 30% ao cluster eólico, 30% setor do papel e 40% ao setor automóvel. Viana do Castelo tem vindo a afirmar-se como um concelho de forte acolhimento empresarial e exportador e, para responder a este desafio, o Município investiu, em 2017 e 2018, cerca de 9,1 milhões de euros em aquisição de terrenos e obras de infraestruturação de áreas empresariais para acolher novas empresas no concelho. O investimento em curso em 9 novas indústrias em Viana do Castelo é de 230 milhões de euros, sendo que o investimento do setor automóvel é de 132 milhões de euros, prevendo-se até ao final de 2019 a criação de 1600 empregos.
Fonte: Rádio Alto Minho