Portugal é um dos 19 destinos europeus que mais dinheiro captou para inovação tecnológica em cinco anos, sendo ainda o 18º em número de talentos numa Europa onde se destaca o fintech.
Entre os fatores que tornam Portugal um polo competitivo destacam-se o potencial de talento disponível; os baixos custos de vida e de estabelecimento; ambiente regulatório aberto e disponível para se adaptar à nova realidade tech; a estabilidade política e do quadro fiscal; clima e cultura.
Nos últimos cinco anos, as tecnológicas portuguesas atraíram 730 milhões de euros de financiamento acumulado, revela o relatório «The State of European Tech 2019». O melhor ano de colheita em investimento no país foi 2018, com 418 milhões de dólares investidos em tecnologia, sucedendo um declínio para 141 milhões no ano seguinte, de acordo com dados até setembro último disponibilizados no estudo.
No ano passado, as maiores comunidades de inovação tecnológica estavam distribuídas por Lisboa, Porto e Braga. O país contava 93 800 profissionais desenvolvedores (quase 7 mil mais do que em 2018), ocupando o 18º lugar no ranking de talento da Europa. As 56 rondas de financiamento contabilizadas nos primeiros nove meses de 2019 posicionam Portugal entre os 17 hubs mais ativos da Europa.
O movimento local de insurtech – a que o ECO Seguros dedica um dossiê Especial – revela-se dinâmico, com tecnologia validada no mercado ou junto de incumbentes, rondas de financiamento, startups a abordarem o mercado e outras já em fase de consolidação e crescimento no mercado local e internacional.
Em volumes de investimento, o fintech europeu destaca-se largamente de outros setores em processo de inovação, canalizando mais de 9 mil milhões captados em 2019 e mais de 24,7 mil milhões de dólares acumulados entre 2015 e 2019, indica o relatório.
O relatório traça um panorama detalhado dos hubs mais dinâmicos da Europa; localizando os destinos que os empreendedores preferem para se estabelecerem e explica porquê; estimando montantes de investimento por geografia; identificando o perfil de quem investe e sinalizando o interesse crescente por parte de investidores da Ásia e dos EUA, além de permitir analisar a evolução do movimento tecnológico face a temas como inclusão e paridade de género.
Relativamente à deep tech, Portugal integra igualmente o top20 da Europa, com investimento recebido a atingir 99 milhões de dólares em 2019, igualando o montante acumulado nos quatro anos anteriores.
Fonte: ECO Seguros